Corpus Christi
Corpus
Christi (expressão latina que significa Corpo
de Cristo) é uma festa católica.
É um evento baseado em tradições católicas.
É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, que, por sua vez, acontece
no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma "Festa de Guarda",
isto é, para os católicos, é obrigatório participar da Santa Missa neste
dia, na forma estabelecida pela conferência episcopal do país
respectivo.
A procissão pelas vias
públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cânone
944) que determina ao bispo diocesano que a providencie, onde for possível,
"para testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a
Santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de
Cristo." É recomendado que, nestas datas, a não ser por causa grave e
urgente, não se ausente da diocese o bispo (cânone 395).
A
origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XIII. O papa Urbano IV, na época o cônego Tiago
Pantaleão de Troyes, arcediago do
Cabido Diocesano de Liège, na Bélgica, recebeu o segredo da freira agostiniana Juliana de Mont
Cornillon, que teve visões de Cristo demonstrando desejo de que o
mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Por volta de 1264, em uma
cidade próxima a Orvieto (onde
o já então papa Urbano IV tinha sua corte), chamada Bolsena, ocorreu o Milagre de Bolsena, em que
um sacerdote celebrante da Santa Missa, no momento de partir a Sagrada Hóstia,
teria visto sair dela sangue, que empapou o corporal (pano onde se apoiam o
cálice e a patena durante a Missa). O papa determinou que os objetos milagrosos
fossem trazidos para Orvieto em grande procissão em 19 junho de 1264, sendo
recebidos solenemente por Sua Santidade e levados para a Catedral de Santa
Prisca. Esta foi à primeira procissão do Corporal Eucarístico de que se tem notícia.
A festa de Corpus
Christi foi oficialmente instituída por Urbano IV
com a publicação da bula Transiturus em
8 de setembro de 1264, para ser celebrada na quinta-feira depois da oitava de Pentecostes.
Para
um maior esplendor da solenidade, desejava Urbano IV um Ofício para ser cantado durante a
celebração. O Ofício escolhido foi composto por São Tomás de Aquino, cujo
título era Lauda
Sion (Louva
Sião). Este cântico permanece até a atualidade nas celebrações de Corpus
Christi.
O
decreto de Urbano IV teve
pouca repercussão, porque o papa morreu em seguida, menos de um mês depois da
publicação da bulaTransiturus. Mas se propagou por algumas igrejas, como
na diocese de Colônia, na Alemanha, onde Corpus
Christi é celebrada desde antes de 1270. A
procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma,
é encontrada desde 1350.
A
Eucaristia é um dos sete sacramentos e
foi instituído na Última Ceia,
quando Jesus disse: "Este é o meu corpo... isto é o meu sangue... fazei
isto em memória de mim". Segundo Santo Agostinho, é um memorial de imenso
benefício para os fiéis, deixado nas formas visíveis do pão e do vinho. Porque
a Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa, Corpus
Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o
vinho sangue de Jesus Cristo, em toda Santa Missa, mesmo que esta transformação
da matéria não seja visível.
Corpus
Christi é celebrado 60 dias após a Páscoa, podendo cair, assim, entre as datas de
21 de maio e 24 de junho.
A Festa no Brasil
Em muitas cidades portuguesas e brasileiras, é costume ornamentar as
ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de
inspiração religiosa. Esta festividade de longa data se constitui uma tradição
no Brasil, principalmente nas "cidades históricas", que se revestem
de práticas antigas e tradicionais e que são embelezadas com decorações de
acordo com costumes locais.
Em Pirenópolis,
em Goiás,
no Brasil,
é uma tradição os tapetes de serragem colorida e flores do cerrado, cobrindo as
ruas por onde passa a procissão de Corpus
Christi. Também enfeitam-se cinco altares para a adoração do Santíssimo
Sacramento e execução do cântico latino Tamtum Ergo Sacramentum. Esta
procissão é acompanhada pela Irmandade do Santíssimo Sacramento e pela Orquestra
e Coral Nossa Senhora do Rosário. É neste dia que o Imperador do Divino recebe
a coroa para a realização da Festa do Divino de Pirenópolis,
do ano seguinte.
Em Castelo, no estado do Espírito Santo, no Brasil,
as ruas são decoradas com enormes tapetes coloridos formados por flores,
serragem colorida e grãos.
O município de Matão, em São Paulo,
no Brasil,
é famoso por seus tapetes coloridos feitos de vidro moído, dolomitas, serragem
e flores que formam uma cruz que se estende por 12 quarteirões no centro da
cidade onde passa a procissão da eucaristia, um espetáculo que reúne fé,
tradição, arte e beleza. No ano de 2011, Matão realizou a 63ª edição do Corpus Christi, onde
mais de 70 toneladas de materiais foram usados para compor os desenhos. A
expectativa dos organizadores é que o evento atrairia um público total de 80
mil pessoas. A praça de alimentação do evento fica por conta das entidades
filantrópicas da cidade.
A cidade de Mariana,
em Minas Gerais, no Brasil,
comemora a festa de Corpus
Christi enfeitando
as ruas com tapetes de serragem e pinturas. No município de Coronel Fabriciano, os fiéis realizam a
montagem dos tapetes de serragem que marcam o percurso da procissão nas ruas da
região central da cidade, saindo da co-catedral São Sebastião.
Tal manifestação é organizada desde a década de 1940 pela Paróquia São Sebastião e foi tombada como patrimônio cultural da cidade.
As cidades paulistas de Jaguariúna, Monte Mor, Santo André, Santana de Parnaíba, São Joaquim da Barra, além da baiana Jacobina, também seguem o mesmo estilo, as ruas
ao redor da matriz são enfeitadas com serragem, raspa de couro, areias
coloridas - tudo o que a criatividade proporciona para este dia santo.
Em Caieiras,
a juventude da cidade promove, com sua criatividade, tapetes que se estendem no
trajeto da procissão deste solene dia, desde a Igreja Matriz de Santo Antônio
até a Igreja de São Francisco de Assis, num trabalho que dura doze horas e que
é coroado com a procissão luminosa em torno ao Santíssimo Sacramento.
Em Porto Ferreira,
a festa tem como finalidade a partilha, em comunhão com as três paróquias da
cidade. Arrecadam-se alimentos que integram os enfeites nas ruas por onde o
Santíssimo Sacramento passa e, após a solenidade, são doados a famílias que são
assistidas por pastorais, como a Pastoral da Criança e Pastoral da Saúde. Esta
iniciativa é realizada desde 2008.
Em Borborema, em São Paulo,
no Brasil,
as ruas são decoradas com enxovais, bordados e artesanatos, produzidos pelas
mais de 50 lojas e fábricas da cidade. Após a procissão, tudo é vendido e a
renda revertida ao Lar de Idosos São Sebastião.
Em Vera Cruz (São Paulo), é tradição os tapetes de
terra e serragem colorida. Desde 1937 a paróquia Sagrado Coração de Jesus
organiza a decoração que cobre as ruas do centro da cidade, sendo um dos
maiores tapetes do gênero no país, com mais de 700 metros de percurso e
chegando a 30 metros de largura em alguns trechos.
Em
Portugal
Em Portugal tradicionalmente é dia feriado. Em 2013, 14 e 15 o
feriado foi retirado, regressando em 2016.
Neste dia em todas as 20 dioceses de Portugal, fazem-se solenes procissões
a partir da igreja catedral, tal como em muitas outras localidades, que são
muito concorridas. Estas procissões atingem o seu esplendor máximo em Braga, Porto e Lisboa.
Ordenada por dom Dinis,
a festa do Corpus
Christi começou a
ser celebrada em 1282, embora haja referências à sua comemoração desde os
tempos de dom Afonso III. Em Portugal, a festa de longa tradição era
antigamente celebrada com danças, folias, e procissões em que o sagrado e o
profano se misturavam. Representantes de várias profissões, carros alegóricos, diabos, a serpe,
a coca,
gigantones, ao som de gaitas de foles e outros instrumentos, desfilavam pelas ruas. Das danças dos ofícios, em Penafiel,
ainda se celebram o baile dos ferreiros, o
baile dos pedreiros e o baile das floreiras.
Esta celebração tem uma conotação muito forte no Minho, particularmente em Monção e em Ponte de Lima.
Em Ponte de Lima, a tradição d´O Corpo de Deus perdura já há vários
séculos.
O Corpo de Deus é celebrado no 60º dia após a Páscoa,
ou mais corretamente na Quinta-feira que se segue ao Domingo da Santíssima
Trindade (que, por sua vez, é o primeiro Domingo a seguir ao Pentecostes) seguindo a norma canónica.
A
diferença prende-se no facto de, no dia posterior ao feriado nacional, se
realizar uma celebração, própria e exclusiva da vila, tendo sido decretado desde
1977 feriado para todos os Limianos.
As celebrações do Corpo de Deus realizam-se durante todo o dia, sendo os Limianos presenteados com uma procissão da parte da manhã e outra da parte da
tarde em volta da vila e uma missa para todos os habitantes do Concelho no
próprio dia, sempre ao meio-dia, na Igreja Matriz.
Em Braga, é também tradição,
desde 1923, a presença maciça de Escuteiros do
Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico
Português, pois foi nessa procissão que os mesmos se apresentaram em público
naquele ano.
Igreja
Católica
A doutrina da Igreja Católica ensina que Jesus, antes de morrer, já se referia a
este ritual sacramental: Eu sou o
pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão
que eu darei pela vida do mundo é a minha carne. Disputavam, pois, os judeus
entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne?
Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne
do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos» (João 6:51-71). Isto é
claro já nos primeiros escritos a respeito, como na carta de São Justino a respeito do tema.
Na Igreja Católica, a Eucaristia é um dos sete sacramentos. Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica , a Eucaristia é "o próprio sacrifício
do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o
sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim
à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o
vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se
enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna." (n. 271). A palavra Hóstia, em latim, quer dizer
vítima, que entre os hebreus, era o cordeiro, sem culpa, imolado em sacrifício
a Deus.
Segundo o papa João Paulo II,
em sua encíclica Ecclesia de Eucharistia. Comungar ou receber a Comunhão é nome dado ao ato pelo qual o fiel pode
receber a sagrada hóstia sozinha ou acompanhada do vinho consagrado (nas
celebrações de Primeira Eucaristia e Crisma).
Segundo o Compêndio, "Para
receber a sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja
Católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal.
Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da Comunhão. São
também importantes o espírito de recolhimento e de oração, a observância do
jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como
sinal de respeito para com Cristo." (n. 291).
A
transubstanciação do pão em Corpo de Cristo, na missa de canonização do
Frei Galvão, em 11 de maio de 2007.
A Igreja Católica confessa a presença real de Cristo, em seu corpo, sangue,
alma e Divindade após a transubstanciação do pão e do vinho, ou seja, a aparência permanece
de pão e vinho, porém a substância se modifica, passa a ser o próprio Corpo e Sangue de Cristo.
Eucaristia também pode ser usado como sinônimo de hóstia consagrada, no Catolicismo. "Jesus
Eucarístico" é como os católicos se referem a Jesus em sua presença na
Eucaristia. "Comunhão" é como o sacramento é mais conhecido. As
crianças farão a sua Primeira comunhão.
"Comunhão Eucarística" é a participação na Eucaristia.
Também há uma adoração especial, chamada "adoração ao Santíssimo Sacramento" e um dia especial
para a Eucaristia, o "Dia do Corpo de Cristo" (em latim: Corpus Christi).
Segundo Santo Afonso Maria de Ligório, "a devoção de adorar
Jesus sacramentado é, depois dos sacramentos, a primeira de todas as devoções,
a mais agradável a Deus e a mais útil para nós". Para a
Igreja, a presença de Cristo nas hóstias consagradas que se conservam após a Missa perdura enquanto subsistirem as espécies do pão do
vinho. Um dos grandes fatores que contribuíram para se
crer na presença real de Cristo e adorá-lo, foram os "milagres eucarísticos"
em várias localidades do mundo, entre eles, um dos mais conhecidos foi o Milagre Eucarístico de Lanciano,
em Lanciano (Itália).
São João Crisóstomo destaca o "efeito
unificador" da
Eucaristia no Corpo de Cristo, que é identificado pelos cristãos como a própria
Igreja: "Com efeito, o que é o
pão? É o corpo de Cristo. E em que se transformam aqueles que o recebem? No
corpo de Cristo; não muitos corpos, mas um só corpo. De fato, tal como o pão é
um só apesar de constituído por muitos grãos, e estes, embora não se vejam,
todavia estão no pão, de tal modo que a sua diferença desapareceu devido à sua
perfeita e recíproca fusão, assim também nós estamos unidos reciprocamente
entre nós e, todos juntos, com Cristo". João Paulo II ensinou que à desagregação enraizada
na humanidade é contraposta a força
geradora de unidade do corpo de Cristo.
Segundo a Igreja Católica, a transubstanciação da partícula (pão feito
apenas de água e trigo) para a hóstia pode ser feita apenas por sacerdotes ordenados (presbíteros ou bispos).
Igreja
Ortodoxa
Como a doutrina da transubstanciação surgiu no ocidente após o cisma com
a Igreja Ortodoxa, nela não há uma formulação teológica sobre o que acontece
com os elementos na liturgia divina - é tido como "mistério".
O pão na liturgia ortodoxa é fermentado (simbolizando a nova natureza em
Cristo) e o vinho é servido a todos os fiéis (inclusive crianças), servido com
uma colher.
Igreja do
Oriente
Na Igreja do Oriente,
a Qurbana Qadisha (em aramaico: o Santo Sacrifício) seguem um dos
mais antigos ritos em uso, o de Addai e Mari. Suas orações eucarísticas, Gehantha, possuem
grande semelhança com as orações e bênçãos judaicas sobre as refeições. Na
Igreja do Oriente a doutrina da transubstanciação é desconhecida e em sua
liturgia não há as palavras de instituição ("este é meu corpo...este é meu
sangue...").
Luteranismo
Os luteranos acreditam que o corpo e o sangue de Cristo estão
"verdadeiramente e substancialmente presentes em, com e sob as
formas" do pão e vinho (os elementos) consagrados, deste modo os
comungantes comem e bebem o corpo e sangue do próprio Cristo tanto quanto comem
o pão e bebem o vinho através deste sacramento. A doutrina luterana da real presença é ensinada
como a doutrina da União Sacramental. Essa doutrina muitas vezes é
incorretamente chamada de consubstanciação. Este termo é rejeitado pelas Igrejas Luteranase seus teólogos, uma vez que
cria uma confusão sobre a doutrina aproximando-a de uma compreensão equivocada,
próxima ao conceito católico da transubstanciação, tido pelo Luteranismo como anti-bíblico e filosófico.
A celebração da Eucaristia entre os luteranos segue um rito previamente estabelecido com um texto
litúrgico responsivo (inclui "prefácio" e "palavras da
instituição"), similar à liturgia católica romana, porém de forma mais
simplificada, excluindo-se todo e qualquer conceito de caráter sacrifical.
Enquanto alguns Luteranos celebram a Eucaristia, ou Santa Ceia, semanalmente
apenas para membros (comunhão fechada) como é o
caso da Igreja Evangélica Luterana do Brasil,
outros celebram quinzenalmente, mensalmente, ou mesmo trimestralmente, para
todos os que quiserem participar (comunhão aberta), no
Brasil é o caso da Igreja Evangélica de
Confissão Luterana do Brasil. Tais diferenças entre os luteranos também existem em outros países em maior ou menor
proporção.
Anglicanismo
Na Igreja Anglicana,
o entendimento é de um sacramento, independente de como o mesmo será entendido
pelo comungante. Havendo alguns que tendem a uma explicação mais católica
outros a explicações mais protestantes (de acordo com a linha dentro do
anglicanismo) e alguns até preferem nem se preocupar em explicar como se dá,
estando satisfeitos em saber que o corpo e sangue de Jesus está presentes ali
de alguma maneira.
Reformados
Dentro dos princípios Reformados,
cuja teologia remonta aos princípios da reforma e são influenciados por Calvino, são duas visões principais quanto a
Eucaristia.
Na visão de Zuínglio,
a ceia é a lembrança do sacrifício de Cristo - essa posição é chamada de "memorialismo".
A proposta de Calvino,
em oposição à Zuínglio,
era que na ceia ocorria à presença de Jesus, não nos elementos, mas
espiritualmente e posteriormente comunicada aos comungantes. A essa forma de
entendimento dá-se o nome de "presença espiritual".
No século XVII, as igrejas batistas,
em relação à ceia, baseiam-se nos princípios disseminados por Zuínglio, assim
concebendo a Ceia apenas como um rito em que se recorda e proclama a morte de
Cristo até que Ele retorne, onde o pão e o vinho são apenas elementos que
simbolizam o corpo de Cristo. O termo usado é de "ordenança" (ou
"mandamento") ao invés de "sacramento".
Evangelicalismo
Dentro da teologia evangelical,
a Eucaristia é chamada geralmente por "Santa Ceia" ou "ceia do
Senhor", derivando da teologia de Zuínglio.
Testemunhas de Jeová
A celebração da morte de Jesus Cristo realiza-se anualmente pelas Testemunhas de Jeová, segundo o calendário
judaico, em 14 de Nisã, após o pôr-do-Sol. É comumente
chamada de Celebração da Morte de Cristo.
O pão ázimo ou não fermentado e o vinho sem aditivos,
representam respetivamente o corpo imaculado de Cristo (João 6:35) e o seu
sangue derramado em redenção dos humanos. (Lucas 22:18) São assim símbolos ou
emblemas da vida perfeita do Cristo, ou Messias, o Filho de Deus, que ele
entregou voluntariamente.
Para as Testemunhas de Jeová, o pão e o vinho usados são meramente
ilustrativos ou emblemáticos, (Mateus 13:13) ou seja, representam o corpo e o
sangue do Cristo, mas não possuem qualquer poder espiritual, milagroso ou
similar. Apenas sugerem e evocam a consideração dos fieis, ou lembrança, de um
acontecimento já passado, como entendem as palavras de Jesus em Lucas 22:19:
"Persistam em fazer isso em memória de mim"
As
Testemunhas entendem que João 6:53-57 não dá ideia da transubstanciação, ou
seja, comer e beber a carne e o sangue literais de Cristo. Se assim fosse,
Jesus estaria incentivando a violar a Lei que Deus havia dado a Israel.
Essa lei proibia comer qualquer tipo de sangue. (Levítico 17:10-12, compare com
a ordem aos cristãos em Atos 15:28,29) Jesus falou fortemente contra violar
quaisquer mandamentos da Lei. (Mateus 5:17-19) Portanto, o que Jesus tinha em
mente só podia ser comer e beber em sentido figurativo (Mateus 13:13), por
exercer fé no valor do seu sacrifício. - João 4:14; 6:35,40;
A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mórmons)
Entre os
membros de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o chamado "Sacramento"
(simplificação de "Sacramento da Ceia do Senhor") é partilhado
semanalmente aos domingos durante a "Reunião Sacramental" e é o
momento de maior relevância espiritual entre os serviços religiosos dominicais.
Partilham-se
pão e água em lembrança do corpo e sangue de Jesus e o ritual é considerado uma
renovação dos convênios batismais.
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