sábado, 27 de junho de 2009

Programa Navega São Paulo realizou curso de Canoagem






























Programa Navega São Paulo realizou curso de CanoagemDesde a implantação do Programa Navega São Paulo em Rubinéia, que tem sido desenvolvido através de um convênio entre a Prefeitura e a Secretaria Estadual da Juventude, Esporte e Lazer, já foram ministrados dois cursos, o de Vela e o de Canoagem.O primeiro teve duração de cinco dias e foi realizado no mês passado, já o de Canoagem ocorreu no domingo e segunda-feira passada, dias 12 e 13, no antigo Ipanema, com a participação de oito monitores e instrutores que trabalharão no projeto.O Navega São Paulo atenderá adolescentes de 12 a 15 anos, matriculados na rede pública de ensino e é considerado uma ação social da Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer que utiliza os esportes náuticos do remo, vela e canoagem como ferramenta de inclusão social, além de trabalhar a capacidade motora, social, de civismo, consciência ecológica, espírito de equipe e cidadania nos jovens atendidos.Para cada núcleo são repassadas embarcações a remo, de canoagem e à vela, além de embarcações de apoio, coletes e uniformes. Os alunos ainda recebem reforço alimentar e é oferecido treinamento para instrutores e monitores, como os cursos que aconteceram em Rubinéia recentemente. Dentre os principais objetivos do projeto estão recuperar a “maritimidade”, bem como cultivar a cultura náutica e garantir a integração social dos adolescentes integrantes do projeto.De acordo com os responsáveis pelo navega em Rubinéia, inicialmente serão atendidas 80 estudantes daquele município, que será a primeira turma a ser formada, depois, o projeto se estenderá para os adolescentes da região, sendo que, num ano, deverão ser atendidos 300 adolescentes. E, já está sendo preparado um novo curso para os instrutores e monitores, o de Remo.Quanto à importância do Navega São Paulo para Rubinéia, foi ressaltado que essa é uma região propícia para prática de esporte náutico, além disso, os assistidos participarão de aulas extracurriculares de primeiro socorros, noções de meio-ambiente e proteção ambiental, entre outros temas. Por isso, também, há intenção de firmar parceria com a rede pública de ensino para incluir o Navega como oficina na grade escolar das escolas de tempo integral, a fim de não sobrecarregar as aulas de finais de semana. Esse programa é realizado em parceria com a Marinha, Sabesp e Confederação dos Esportes Náuticos.

DEPOIMENTOS DE MORADORES DE RUBINÉIA/SP


Um lugar debaixo d'água
A relação dos moradores com o rio que inundou sua cidade; galeria de fotos e vídeo exclusivos acompanha a matéria.
Por André Seiti

A ausência de vento e a calmaria da madrugada eram interrompidas apenas pelo constante bater das águas do Rio Paraná, invisível na escuridão. Silencioso, um grupo de pescadores fazia os últimos preparativos para embarcar, na esperança de que algumas centenas de peixes tivessem sido presas pelas tralhas armadas rio adentro. Ainda era escuro quando o barulho dos motores dos barcos anunciou a partida. Sob o caminho a percorrer, não estavam apenas milhões de metros cúbicos de água, mas também poetas, escritores e uma cidade alagada pelo Paraná.
Em vez de pedestres e carros, corvinas, tucunarés e outros peixes transitam pelas vias da antiga pequena cidade paulista de Rubinéia, que, desafiando tempo e espaço, proporciona em seus cruzamentos o encontro de Machado de Assis, Cecília Meireles, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa e muitos outros, todos os nomes de ruas da cidade submersa. Alagada em 1970, devido à construção da usina hidrelétrica de Ilha Solteira, Rubinéia foi reconstruída com os mesmos nomes ilustres em suas ruas, e hoje a cidade velha, tomada pela água, serve de passagem para muitos pescadores que se lançam ao rio. O tempo e o rio
Às 5 e meia, já sob a luz da manhã do dia 5 de março, que permitia avistar o estado de Mato Grosso do Sul, um barco de 6 metros de comprimento, com dois pescadores, Milton Martins e Levi Salvino, moradores de Rubinéia, começava a recolher as redes armadas no dia anterior. Enquanto o primeiro puxava a tralha da água, o segundo retirava os peixes presos. Um trabalho que exige paciência, resistência e coragem. Não são raras as vezes que Milton recolhe da água piranhas pouco amistosas, amansadas com pauladas na cabeça dadas por Levi. São 3 mil metros de rede divididos em seções, devidamente distanciadas de acordo com a legislação pesqueira de São Paulo. No entanto, a lei não é a mesma ao longo do Rio Paraná. Nas proximidades de Mato Grosso do Sul e nos afluentes que rumam àquele estado, vigora outra legislação, que já apreendeu muitos barcos e redes de pescadores paulistas. Liberto Quiozini, o Lico, pescador há mais de 22 anos, chegou a ser preso em uma fiscalização no rio, além de ter seu barco e equipamentos apreendidos. Ele, que possui todas as autorizações do estado de São Paulo para pescar, estava em região mato-grossense. Apesar dos entraves jurídicos que pairam sobre o rio, ele não titubeia: "O Paraná significa tudo para mim, porque é de lá que eu tiro o sustento da minha família. O Paraná é nossa mãe". Lico, que constrói seus próprios barcos há cinco anos, recorda também o tempo da antiga Rubinéia, quando o rio era baixo. "A gente sente saudade daquele tempo, hoje a gente vai se adaptando." Uma saudade semelhante toma conta de outro pescador da cidade, Juraci Tomé, o seu Jura, que, na década de 1960, costumava fazer a travessia São Paulo-Mato Grosso do Sul a nado pelo Paraná. "O rio antes era melhor. Naquele tempo só pegava peixe grande, era caranha, pintado, curimba, piau, jaú, dourado." Seu Jura foi um dos moradores que tiveram de abandonar sua casa por causa da inundação. "A turma da Cesp [Companhia Energética de São Paulo] chegou e a gente teve que ir embora." Hoje navega diariamente por cima de sua antiga casa; ele faz parte do grupo de pescadores que vai e volta no mesmo dia, diferentemente daquele que passa a semana dentro do rio, em busca de grandes quantidades de peixe. Tanto seu Jura quanto Lico dividem uma admiração particular pelo rio. "Gosto dele, tem que gostar, é a profissão da gente pescar", explica seu Jura. É tanto o gosto pelo Paraná, que ele utilizava sua água para tudo: beber, cozinhar e se banhar. "Ela era limpinha, só algumas vezes que passava algum defunto girando com a barriga inchada", explica. "Até hoje, de vez em quando, bebo a água do rio, não tem essas frescuras." Para Lico, a experiência de estar no Rio Paraná é única. "Lá não tem dor de cabeça, não tem problema; quando você está lá, você está em outro mundo", afirma. "O tempo parece que não passa. O relógio é o sol." Rosimeire Quiozini, esposa de Lico e também pescadora, complementa: "A gente não liga o rádio, não olha nem o relógio. Lá a gente tem mais tempo de analisar as coisas bonitas, um pássaro, um animal, uma árvore”. As mulheres pescadoras têm forte presença no Rio Paraná. Rosilene dos Santos Gagliarde, conhecida como Binha, e o marido, Vanildo Finêncio Gagliarde, apelidado de Vando, pescam juntos há 18 anos, o mesmo período em que estão casados. "Quando a gente se casou, ele me ensinou a pescar e hoje gosto muito disso", diz Binha. O casal, durante o período aberto à pesca, costuma permanecer cinco dias por semana no rio.
Antonio Carlos César, o Carlão, e Aparecida de Abreu, a Cida, são outros casais de pescadores conhecido na cidade. Em 2006, ambos viveu uma experiência delicada. Enquanto pescavam na margem de um afluente do Paraná, foram surpreendidos por um enxame. Coberto de abelhas, Carlão empurrou o barco com a mulher por mais de 150 metros - uma vez que o motor teimava em falhar. Chegou a cair no rio sentindo fortes dores e falta de ar. Nesse momento, ouviu a mulher, também coberta de abelhas, chamá-lo para dentro do barco. Após conseguir ligar o motor, o casal viajou por mais de 40 minutos até chegar ao desembarcadouro de Rubinéia. Estima-se que Cida tenha sido picada por aproximadamente 600 abelhas e Carlão por cerca de 800. Apesar da experiência, ele diz ainda preferir estar em água a estar em terra. "Eu gosto muito de ficar observando aquilo que é natural que é puro; do rio dá pra ver melhor isso", conta. Quanto ao ataque das abelhas, ele acredita ser uma reação do desequilíbrio ambiental causado por interferências humanas no ecossistema, como construções de hidrelétricas que mudam o curso de rios. "Aquilo que o progresso exige muitas vezes acaba prejudicando a natureza.” A seca não seguiu.
Quando saiu de Areias, interior de São Paulo, e chegou à fronteira com Mato Grosso do Sul há 55 anos, Gersino Alves se espantou. "Eu não conhecia rio bonito assim, quando cheguei à beirada do rio, deu aquele medo, parecia que era uma neblina, perguntava: isso é água ou é fumaça?", recorda. "Lá de onde eu venho só tem Corguinho simples." Sem saber nadar, seu Gersino, que trabalha como ferreiro, tentou ir de barco sozinho até Aparecida do Taboado, cidade mato-grossense do outro lado do Paraná. "Fiquei girando no meio do rio sem perceber, até que gritaram para mim que eu não estava saindo do lugar." Hoje, o ferreiro não se aventura mais em travessias pelo rio, apenas se banha em suas águas, ritual que segue desde que conheceu o Paraná. Quem também se espantou no primeiro contato com o Paraná foi Expedito Martins Neto. Cinqüenta anos atrás, sentado sob uma sábia em Baturité, no Ceará, ele fez um pedido a Deus: queria um lugar longe da seca para criar os filhos. Em 1963, chegou a Rubinéia, onde comprou um terreno de dois alqueires à beira do Rio Paraná. Lá, com a mulher, Anália Martins, criou os dez filhos, com fartura de água. "Quem pediu a Deus para criar os filhos só tem mesmo que amar o rio." Segundo ele, mais de 30 pessoas já fizeram propostas para comprar o terreno, mas nenhuma obteve sucesso. "A vida tem muita lombada, o que eu pedi a Deus eu tenho que respeitar. Aqui eu não vendo." Atualmente, aos 80 anos, criam em seu terreno 19 cabeças de gado. Ao se aproximar do rio, localizado no quintal de sua casa, seu Expedito fica imóvel com as mãos na cintura. "Aqui é lugar bom de viver, saiba viver." Logo se cala e o silêncio só é interrompido pelo constante bater das águas do Rio Paraná, visível em sua imensidão.


Mergulhadores exploram Rubinéia submersa
Sob as águas do Paranazão, equipe localiza ruínas da cidade inundada.

Foi em 1973 que a construção da hidrelétrica de Ilha Solteira, alagou a velha cidade de Rubinéia nas águas do Rio Paraná e, uma nova cidade surgiu próximo ao local. A transferência da população para a "Nova Rubinéia" foi feita com tempo hábil da maioria das edificações serem demolidas da antiga cidade e pouco sobrou no momento da inundação.
A equipe de mergulhadores de Fernandópolis, formada pelos empresários Clacir Colassiol, Adão José Martins e Gilberto Musto, realizou dezenas de mergulhos durante os últimos 18 meses a fim de explorarem o local que está há 12 metros de profundidade. Tecnicamente os mergulhos são "rasos" proporcionando um período maior de permanência dos mergulhadores junto às ruínas, facilitando assim a pesquisa.
As condições climáticas interferem diretamente nos mergulhos da equipe, aonde apenas na estiagem a visibilidade chega a cerca de 5 metros. Nos demais períodos do ano a média não passa de 2 metros, demandando assim um período bastante longo para conclusão dos trabalhos.
Hoje as ruínas da cidade submersas estão totalmente mapeadas por GPS e os pilares da antiga estação ferroviária cabeados para guiar outros apreciadores do mergulho pelo trajeto montado pela equipe fernandopolense.
São cerca de 25 pilares com 6 metros de altura cada, numa extensão de 110 metros no total da plataforma, ainda sedimentada com poucas rachaduras. Ruínas da bilheteria é outro ícone do local. Informações de que um antigo lavador dos trens que ali paravam para manutenção, ainda está sendo procurado pelos mergulhadores. A antiga caixa d da cidade, que ficava próximo ao lavador, foi destruída não faz muito tempo. A edificação, que continha uma parte localizada acima da superfície da água colocava em risco as embarcações do local. As pilastras demolidas foram localizadas pelos mergulhadores e também devidamente mapeadas como no croqui ao lado.
"O local é limpo e não há enroscos. Torna-se um mergulho prazeroso e relaxante" diz Clacir. Para Adão o conhecimento histórico de um passado não tão distante é o que atraia a equipe: "Sempre nos deparamos com um antigo morador, ou ribeirinho que conta a história de Rubinéia. Acho que somos privilegiados de podermos, hoje, visitar ‘in loco’ o que foi parte da vida de muitos munícipes do local". Giba diz ainda que o trabalho não terminou: "Nós temos esperança de ainda encontrar o lavador, e completar o trajeto da estrada de ferro. O progresso da nossa pesquisa é gradual, mas temos a certeza de estarmos próximos do nosso objetivo".
Em uma das atividades da equipe no mês passado, o mergulhador Thales Igor de Oliveira de Santo André, desceu com os amigos para conhecer as ruínas: "é um mergulho muito radical, diferente dos que estamos acostumados a fazer no mar, com visibilidade de até 20 metros. O mergulho no Rio Paraná é de muita adrenalina" conclui Thales que tem apenas 15 anos de idade e 1 de mergulho autônomo.
Como chegar
O acesso à cidade de Rubinéia é pela rodovia Euclides da Cunha, que se inicia em São José do Rio Preto e termina na cidade de Rubinéia. A distância da capital paulista até Rubinéia é de 630 km. A cidade está localizada na divisa dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás, ao lado da ponte Rodoferroviária Federal.
GPS: 20º 18,640' S / 51º 1,990' W
Gilberto Musto é jornalista, radialista, diretor da Revista CHARME e da Mídia G. Comunicação. Atualmente possui certificação de Divemaster e mergulha há 2 anos tendo logados cerca de 100 mergulhos, dos quais cerca de 40 deles em rios da região de São Paulo, Minas e Mato Grosso. Juntamente com Clacir Colassiol e Adão José Martins, está formando um grupo de mergulhadores da região Noroeste objetivando novas pesquisas.

FOTOS DA PONTE RODOFERROVIÁRIA DE RUBINÉIA/SP

PONTE RODOFERROVIARIA





sexta-feira, 26 de junho de 2009

LUIZÃO FILHO ILUSTRE DE RUBINÉIA/SP



Luiz Carlos Bombonato Goulart, o Luizão, (Rubinéia, 14 de novembro de 1975), é um futebolista brasileiro, atacante que no Guarani, Palmeiras, Vasco, Corinthians, Botafogo, São Paulo e Flamengo.
Luizão também foi jogador da
Seleção Brasileira, tendo, inclusive, participado da conquista do pentacampeonato na Copa do Mundo de 2002.
Carreira
Luizão surgiu nas categorias de base do
Guarani, em 1991. Estreou como profissional, em outubro de 1992, numa partida em que Santos e Guarani empataram por 1x1. Logo em seguida, porém, acabou sendo emprestado ao Paraná.
Conquistou o
Campeonato Paranaense, em 1993, sendo que este foi o primeiro, dos muitos títulos, que ainda viriam pela frente. Depois disso, retornou ao Guarani, em 1994, aonde permaneceu até o final do ano seguinte.
Contratado pelo
Palmeiras, Luizão sagrou-se campeão paulista de 1996, quando integrou o ataque daquela histórica equipe palmeirense, que em 30 jogos disputados, terminou o campeonato com mais de 100 gols anotados e apenas uma derrota.
Em 1997, deixou o Palmeiras e foi jogar no exterior, aonde passou a defender o
La Coruña, da Espanha. Por lá, Luizão conseguiu conquistar somente o título do Troféu Teresa Herrera.
De volta ao Brasil, Luizão vestiu a camisa de outro grande clube brasileiro, o
Vasco da Gama. Conquistou o Campeonato Carioca de 1998 e, ainda naquele mesmo ano, conseguiu sua maior vitória até então, quando o Vasco sagrou-se campeão da Taça Libertadores da América.
Transferiu-se para o
Corinthians, no início de 1999, sendo que, logo de cara, acabou sagrando-se, tanto campeão paulista, como campeão brasileiro. Em 2000, portanto, um ano mais tarde, conquistou o primeiro Mundial de Clubes da FIFA, realizado no Brasil.
Ainda no ano 2000, marcou 14 gols, durante a
Libertadores da América, tornando-se o artilheiro com maior número de gols feitos, em uma única edição desta competição.
A fase de Luizão no Corinthians foi tão boa, que o atacante foi convocado para a última partida das eliminatórias da
Copa do Mundo de 2002. Naquele jogo, contra a Venezuela, o Brasil precisava da vitória, para se classificar para o Mundial. Não decepcionando a torcida, Luizão marcou os dois primeiros gols da vitória brasileira, por 3x0, garantindo o Brasil, e a ele próprio, na Copa do Mundo.
Antes de deixar o Corinthians, em 2002, Luizão ainda conseguiu vencer mais um
Campeonato Paulista, o de 2001. Depois, teve rápida passagem pelo Grêmio e, em seguida, retornou à Europa, integrando a equipe do Hertha Berlin, da Alemanha.
Ficou dois anos seguidos na Alemanha, mas não conseguiu nenhum título. Entaõ, em março de 2004, voltou ao Brasil, contratado pelo
Botafogo, quando ajudou a equipe a fugir do rebaixamento. Após uma lesão, veio a rescindir, amigavelmente, seu contrato com o clube.
No ano seguinte, mudou-se para o
São Paulo, aonde conquistou, mais uma vez, os títulos do Campeonato Paulista e da Libertadores da América. Em julho de 2005, trocou o São Paulo pelo Nagoya Grampus, do Japão. Contudo, não aguentou ficar muito tempo por lá e, apenas dois meses mais tarde, retornava ao Brasil, para jogar pelo Santos
No início de 2006, ainda em alta, devido ao bom rendimento no primeiro semestre do ano anterior, quando estava no São Paulo, Luizão acabou entrando nos planos do Flamengo. Infelizmente, durante os 10 meses em que permaneceu na Gávea, Luizão teve de conviver com sucessivas lesões, que o deixaram de fora de muitos jogos. Mesmo assim, Luizão foi decisivo nas vezes em que entrou em campo com a camisa rubro-negra, tendo participado, inclusive, da vitoriosa campanha do Flamengo, na Copa do Brasil de 2006.
Em meados de 2007, assinou com o
São Caetano, aonde permaneceu até abril do ano seguinte, quando teve seu contrato rescindido com o clube.
Títulos
Paraná
Campeonato Paranaense: 1993
Palmeiras
Campeonato Paulista: 1996
Vasco da Gama
Campeonato Carioca: 1998
Taça Libertadores da América: 1998
Torneio Rio-São Paulo: 1999
Corinthians
Campeonato Paulista: 1999, 2001
Campeonato Brasileiro: 1999
Mundial de Clubes da FIFA: 2000
São Paulo
Campeonato Paulista: 2005
Taça Libertadores da América: 2005
Flamengo
Copa do Brasil: 2006
Seleção Brasileira
Medalha de Bronze nas
Olimpíadas de Atlanta: 1996
Copa do Mundo: 2002
Artilharia
Copa do Brasil: 1996 (8 gols)
Taça Libertadores da América: 2000 (14)

FOTOS DE RUBINÉIA/SP











































quinta-feira, 25 de junho de 2009

FIM DA RUBINÉIA VELHA E INICIO DA RUBINÉIA DE HOJE















Tudo começou em 1967, com a notícia de que a região de Rubinéia, localizada no interior do estado de São Paulo seria inundada pelas águas do Lago Artificial da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, construída pela Companhia Energética de São Paulo S/A, o que resultaria na inundação de um terço do território de Rubinéia, além da submersão do seu sítio urbano e áreas de terras agrárias cultiváveis. Então, a CESP, em 1969, deu início à desapropriação e demolição de casas, bares, hotéis, cinema e casas comerciais e, em Eis no que dá ser nome de rua: Sofrem-se os maiores vexames, está o homem tranqüilo em sua condição de placa de esquina, servindo à orientação de pedestres e motorizados, e começam a surgir em torno dele estranhas questões ligadas ao desenvolvimento nacional, à propriedade privada e à política em termos paroquiais. Chega o momento em que até a provação do seqüestro lhe é infligida. Pensam que fica nisto? Seus aborrecimentos terminam – estou falando sério – em morte por afogamento.
Tudo isso está acontecendo em Rubinéia com poetas como Vinicius de Moraes e o supra-assinado, a quem Rubinéia, com discrição encantadora, pois nada nos comunicou, gentilmente, homenageara promovendo-nos a logradouros públicos. Ao saber agora da distinção, era caso de soltarmos nossos foguetes e brandirmos nossas copas de uísque. Mas, tristeza das homenagens, o que nos compete é carpir. Pois acabamos de ser vítimas de seqüestro e, pior, dentro em breve, soverteremos nas águas. Pois Rubinéia vai desaparecer da face da terra e, com ela, seremos submergidos.

R U B I N É I A UMA BREVE HISTÓRIA: 1973, as águas do Rio Paraná começaram a subir, encobrindo casas, destroços, sonhos, vidas de cidadãos de Rubinéia. Através de um empréstimo junto ao Banco Bandeirantes, em que um era avalista do outro, para que fosse feita a desapropriação de 24,2 hectares de terras para reconstruir a cidade e, em 1972, surge à primeira casa comercial, e Rubinéia firma-se como cidade, graças à teimosia de Alcides Silva e empenho de Rubens Messaro e Osmar Novaes. Em 1968, no mandato de prefeito, quando ainda se cogitava a hipótese da inundação, Novaes construiu prédios públicos como o Cemitério e o Matadouro Municipal, longe do alcance das águas, que ele imaginava que não iria alcançar estes locais, já que a inundação ocorrera em 1973, mas, diante do perigo eminente, decidiu garantir a integridade dos prédios e quem visita Rubinéia logo percebe que estes lugares estão próximos da cidade, o que muitos, em 1968, disseram ser “loucura”, hoje se tornou astúcia. Pouco tempo depois, a cidade de Rubinéia já se urbanizava, contava com açougues, empórios, Centro de Saúde, Biblioteca Municipal, Grupo Escolar, Centro Comunitário. Outro fator interessante da pequena cidade era de que, na hora de batizar suas ruas, a cidade dá exemplo de cultura e respeito, nomeando - as com nomes de poetas e escritores famosos, como Olavo Bilac, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, que, em 1971, noticiou os acontecimentos na cidade em sua coluna no Jornal do Brasil do Rio de Janeiro intitulado “Aconteceu em Rubinéia”, e ainda em 1973 escreveu um poema “Os Submersos”, dando destaque à atitude dos Rubineienses em batizar suas ruas com nome de poetas e escritores, lamentando que suas placas e logradouros estivessem debaixo d’água.


ACONTECEU EM RUBINÉIA
(CARTA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)

Que é Rubinéia, onde fica? Rubinéia já era, e não fica propriamente, ficava na margem esquerda do rio Paraná, em São Paulo. Sete mil habitantes pequena cidade civilizadíssima, pois quando tinha de dar nome a ruas, não fazia por menos: batizava- se de Machado de Assis, Manuel Bandeira, Guimarães Rosa, Cecília Meireles, Mario de Andrade, Graciliano Ramos, outros mais. Esquecendo-se de que estamos vivos, lembrou-se ainda de Vinicius e deste escrevente; dele, com justiça; de mim, como brincadeira. Cidade quase toda consagrada a poetas e prosadores, haverá outro no Brasil ou no mundo, que em geral prefere valores menos abstratos, e abre exceção para um literato mantendo a regra em louvor de mil homens de ação prática? E assim, em Rubinéia, Machado vizinhava com Cecília, Rosa contava do Urucuia a Bilac, Bandeira e Mário não precisavam cartear-se: viam-se. Uma cidade diferente na paz de suas belas-letras, no bulício de suas 13 escolas. Eis que a CESP (Centrais Elétricas de São Paulo) projeta a barragem de uma usina-monstro, no complexo de Urubupungá. Toda a região será alagada, e Rubinéia inteira é desapropriada para esse fim. A população inteira migra para outros pagos, suas casas são demolidas. Caem nossas ilustres placas, e no chão de escombros não se consente memória de nomes. Todas as casas? Menos uma, a sede da Prefeitura, cujo titular exige indenizações consideradas excessivamente gordas. Como está é recusado, o prefeito entende de cobrar de CESP 120 mil contos de Imposto Territorial enquanto o chão não é tragado pelo rio Paraná, e move executivo fiscal contra a empresa. No decorrer do pleito, procede-se a seqüestro de depósito das outrora ruas onde outrora placas nos glorificam. Operação - fantasma, promovida por autoridade - fantasma. Aqui, um trecho do auto lavrado por dois meirinhos: “Aos 29 dias do mês de setembro de 1973 na cidade de Rubinéia onde comparecemos nos oficiais e justiça deste juízo (...) depois de haver, observadas as formalidades legais, nos dirigido a vários lugares para citar a executada e como não foi possível, porque a pessoa que pode receber citações em nome da mesma reside á Avenida Paulista nº. 2 064, 20.º andar em S. Paulo capital, assim sendo, de conformidade com o decreto-lei 980 de 1938, passamos a proceder ao seqüestro dos bens que deram origem à divida, abaixo inscritos: 14 lotes de quadra 18, com as seguintes confrontações: Avenida Tiradentes, Rua Vinícius de Morais e Rua Carlos Drummond de Andrade; 17 lotes da quadra 22, com as seguintes confrontações: Rua Vinícius de Morais e Avenida Graciliano Ramos...” etc. Tiradentes, não é caso de reclamar, ele já se habituou ao martírio, em pessoa, estátua, verso e discurso. Os outros grandes mortos, Machado á frente, pouco se lhes dá, vivem na perenidade da biografia. Mas nós dois, Vinicius e eu, não é dura pena, seremos desapropriados, demolidos, seqüestrados, depositados e submergidos em sacrifício à industrialização do país e à briga de interesses entre prefeito, vereadores e CESP? Só nos resta o consolo ministrado pelo poeta português Sidônio Muralha, radicado em S. Paulo. Cantando “o último luar de Rubinéia”, afiança que “... seus poetas, lá no fundo das águas, vão reconstruí-la, vão reescrevê-la, e ela virá à tona com limos e com magmas, e nós, homens mortais, vamos arrancá-la das águas como nasce uma estrela de outra estrela.” (CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE).

O BRASIL TEM 26 ESTADOS COM NOMES DE DIVERSAS ORIGENS DIFERENTES. CONHEÇA A ORIGEM DESSES NOMES!

    Os  estados do Brasil  são, segundo definição do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,   entidades autônomas  que possuem se...