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sábado, 23 de julho de 2011
100 anos de Machu Picchu
Machu Picchu, ou a Cidade Perdida dos Incas, localiza-se a 2400 metros de altitude, num verdadeiro desafio de engenharia para o século XV. Seus idealizadores, os incas, a construíram em um tributo à vida, na conexão entre a terra, os humanos e seus deuses.
Apenas coberta pela vegetação, Machu Picchu se manteve intacta por cinco séculos e foi um importante centro político, religioso e administrativo: a cidade chegou a abrigar mais de mil habitantes fixos. A descoberta da cidade, que é considerada atualmente um Patrimônio da Humanidade, foi feita pelo norte-americano Hiram Bingham, em julho de 1911.
No dia 7 de julho de 2011, o Peru comemora os 100 anos do redescobrimento da cidadela inca de Machu Picchu por uma equipe de exploradores liderada pelo americano Hiram Bingham. Patrimônio mundial da UNESCO, eleito uma das 7 maravilhas do mundo moderno, este conjunto arqueológico construído por volta do ano 1.500 impressiona os milhares de turistas que visitam o local anualmente por sua magnitude, perfeição e localização em meio a imponentes montanhas com vegetação abundante, frutos da mistura entre a Cordilheira dos Andes, a 2.400 metros de altura, e a floresta amazônica.
Para chegar a Machu Picchu, é preciso pegar um voo até Lima, capital do Peru. De Lima, a Peruvian Airlines tem três voos diários para a cidade, com preços a partir de 150 dólares (ida e volta). O voo dura cerca de uma hora, cruzando do litoral peruano sobre a Cordilheira, para aterrissar em Cuzco, a 3.350 metros acima do nível do mar, onde se aconselha beber chá de folha de coca para prevenir ou apaziguar os efeitos da altura.
A antiga capital do império Inca, construída no século 11 e conquistada pelos espanhóis, já vale a viagem, com sua arquitetura colonial misturada a muros da época inca, sua forte e presente cultura quechua e seu ambiente cosmopolita. Grande quantidade de turistas do mundo inteiro visitam a cidade durante todo o ano, mas, principalmente durante a época seca, entre maio e setembro, melhor momento para conhecer Cuzco e Machu Picchu.
Existem duas formas principais de chegar até a "cidadela perdida". Para ambas, é preciso pegar um táxi ou ônibus até Poroy, a meia hora de Cuzco. De Poroy, saem trens que custam cerca de 100 dólares ida e volta numa duração de 4 horas. Em Ollantaytambo, descem os que fazem o Camino del Inca, que dura quatro dias a pé por um antigo caminho construído para ligar Cuzco a Machu Picchu, passando por belezas naturais e vestígios da arquitetura inca. Outra opção é ir até Aguas Calientes para os que preferem o trajeto de ônibus de meia hora da cidade até o topo da montanha onde está Machu Picchu. O ônibus de Aguas Calientes até a entrada do parque custa 16 dólares ida e volta, e a entrada do parque, que pode ser comprada pela internet ou na praça principal de Aguascalientes, custa 45 dólares. Algumas pessoas fazem o passeio no mesmo dia, saindo cedo de Cuzco, e outras dormem em Aguas Calientes e acordam cedo para chegar até Machu Picchu e seus arredores com mais tempo, já que são necessárias várias horas para visitar a cidadela por inteiro.
Com cerca de 9 hectares, Machu Picchu está dividida em dois grandes setores: a zona agrícola, com grandes plataformas que descem pelas montanhas e onde eram cultivados diversos alimentos, e a zona urbana, com praças, templos, lugares de ritual, depósitos e moradias. Tudo construído de maneira perfeita, como maravilhas da arquitetura e da engenharia absolutamente impressionantes - especialmente para uma obra da época.
Os mais corajosos fazem fila desde as 3 da manhã para ser uma das 200 pessoas por dia que têm o privilégio de assistir ao amanhecer desde o Huayna Picchu, montanha de 2.260 com construções incas em seu topo e uma vista de tirar o fôlego sobre Machu Picchu.
Machu Picchu custa esforço, dólares e soles peruanos (um dólar equivale a cerca de 2,75 soles, porém a moeda americana é aceita na maioria dos estabelecimentos), mas isso é esquecido já no primeiro olhar sobre a cidadela perdida com a montanha de Huayna Picchu ao fundo. Afinal, semelhante maravilha merece um pouco de esforço, e o turismo massivo colocaria em risco estas ruínas históricas e a natureza, com plantas e animais como pássaros, chinchilas e lhamas que fazem de Machu Picchu um lugar ainda mais único.
O Santuário Histórico de Machu Picchu, no Peru, está celebrando, este ano, seus 100 anos de existência. Revelada para o mundo tardiamente em 1911, a chamada “velha montanha” ou a “cidade perdida dos incas” foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. Trata-se de uma cidade pré-colombiana, localizada no topo de uma montanha dos Andes de 2.400 metros de altitude.
O Santuário é formado por duas grandes áreas: uma agrícola, formada principalmente por terraços e espaços de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, onde fica a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.
Machu Picchu passou a ser Patrimônio Mundial da Humanidade, declarado pela UNESCO, entrando para a lista atendendo aos critérios cultural e natural, no ano de 1983. Já em 7 de julho de 2007, em Lisboa, Portugal, o monumento passou a ser considerado oficialmente como uma das sete maravilhas do Mundo.
Considerada a criação urbana mais surpreendente do império Inca, formada por cerca de 200 sítios arqueológicos, Machu Picchu ocupa uma área de mais de 32 mil e 592 hectares.
Em junho deste ano, o Comitê do Patrimônio Mundial irá se reunir em Paris para decidir a inscrição na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO de outros 42 locais. Entres os países que nunca tiveram seus bens inscritos estão Barbados, Jamaica, Micronésia, Palau, Congo e os Emirados Árabes Unidos.
Atualmente, a Lista do Patrimônio Mundial da Unesco inclui 911 propriedades de “valor universal excepcional", das quais 704 culturais, 180 naturais e 27 mistos. Estão localizadas em 151 dos estados membros das Nações Unidas.
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